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http://tede2.uefs.br:8080/handle/tede/364
???metadata.dc.type???: | Dissertação |
Title: | O dizer e o poder dizer: a assunção da autoria na escola |
???metadata.dc.creator???: | Silva, Palloma Rios da |
???metadata.dc.contributor.advisor1???: | Alvarez, Palmira Virgínia Bahia Heine |
???metadata.dc.description.resumo???: | A autoria é uma das posições tomadas pelo sujeito dentro da atividade discursiva. No entanto é também, paradoxalmente, nessa função que está o apagamento do sujeito, sua dispersão. À luz da Análise de Discurso de Linha Francesa, mais especificamente os estudos de Pêcheux (1999; 2009), Orlandi (1996; 2012; 2013), Pacífico (2012), Indursky (1999), a presente pesquisa busca analisar o processo de assunção da autoria no ambiente escolar em sua relação com a leitura, o texto e a interdição. A autoria aqui foi discutida sob três perspectivas: 1) Sua relação com o texto; 2) Sua relação com a leitura polissemia; 3) Sua relação com a interdição do dizer. Partindo da hipótese de que a escola não oferece condições para que o aluno assuma a posição de sujeito-autor, por estar inserida na Formação Ideológica (FI) a qual entende a língua como transparente não sujeita ao equívoco, aos deslizes de sentidos e o que o texto é visto como um produto pronto e acabado. A fim de verificar os efeitos de sentidos do discurso do professor na (não) assunção da autoria por parte dos alunos, por entender que o discurso do professor, quando inserido na FI dominante pode gerar efeitos de interdição na autoria dos alunos, foram analisadas três materialidades: o discurso dos dois professores participantes, a fala e produções escritas dos alunos em duas aulas de produção textual para alunos de 4º e 5º anos do Ensino Fundamental I. A atividade consistia na produção textual de uma narrativa com base numa tirinha sem falas, a mesma tirinha foi fornecida aos dois professores para que pudessem planejar suas aulas. Indícios de tentativa de interdição foram analisados e verificados nos discursos dos dois professores, ainda que um deles tenha produzido um discurso que forneceu maior abertura para a polissemia dos sentidos na oralidade, tais como: preocupação com o aspecto formal do texto, solicitação para que fosse realizada uma descrição das imagens e não a produção de uma narrativa com base na tirinha. Diante das análises apresentadas e dos dados levantados é possível afirmar que os alunos não construíram plenamente a autoria, pois: 1) A leitura polissêmica não foi motivada; 2) O texto não foi visto como heterogêneo, atravessado por diversos discursos; 3) Houve, por conseguinte, tentativa de interdição no discurso dos professores. Para a AD, o texto é atravessado por diversos discursos e produz efeitos de sentidos diversos que variam de acordo com quem lê e em que condições de produção essa leitura acontece. Quando o texto é visto como produto pronto e acabado, como se já houvesse um sentido pré-estabelecido, a leitura polissêmica não acontece. A leitura polissêmica fornece condições para que o aluno produza gestos de interpretação, mobilize a memória e possa sentir-se responsável por “seu” dizer. É pertinente concluir, portanto, que a autoria dos alunos foi silenciada. |
Abstract: | The authorship is one of the roles taken by the subject in the discursive activity. However, it is also, paradoxically, in this function, that lies the annulment of the subject, its dispersion. Under the influence of French Discourse Analysis (DA), more specifically guided by Pêcheux’s (1999; 2009), Orlandi’s (1996; 2012; 2013), Pacífico’s (2012) and Indursky’s (1999) studies, the current research aims to analyze the development of the student’s authorship in the school environment. Here, the authorship was discussed under three perspectives: 1) its relationship with the text; 2) its relationship with the polissemic reading; 3) its relationship with the interdict of the speech. Assuming the hypothesis that the school does not offer proper conditions for the student to develop the “subject-author’s” position, for the school is immersed in the Ideological Formation (IF), in which understands the Language as impeccable, not susceptible to mistakes, different understandings and that the Text is an immutable thing. Bound to verify the effects of the senses in the teacher’s discourse regarding the student’s (non) authorship, meaning that the teacher’s discourse, when immersed in the dominant IF, may interdict on the student’s authorship. It was analyzed three materialities: the discourse of two participating teachers and the 4th and 5th grades student’s oral and written productions in two textual production classes. The activity proposed in said classes was to create a narrative text for one speechless comic strip. The same comic strip was given to both teachers so they could plan their classes. Evidences of attempts of interdict were verified and analyzed in the discourse of both teachers, even if one of them adopted a discourse that could give more chances to the senses’ polysemy in the orality, such as: concernment about the formal aspect of the text, requesting the students to perform a superficial description of the images in the comic strip and not the preset objective to do a narrative text production. Based on the retrieved data it is safe to assume that the students did not fully develop authorship, because: 1) The polissemic reading concept was not motivated; 2) The Text was not seen as heterogeneous, crossed by many discourses; 3) There were attempts of interdict in the teachers’ discourse. To the DA, the text is crossed by many discourses and produces various senses’ effects that vary accordingly to the reader and in what production conditions this reading process happens. When the text is seen as an immutable thing, as if there was a preset sense, the polissemic reading does not occur. The polissemic reading gives condition so the student can produce interpretation gestures, mobilizes the memory and may as well feel responsible for “his own” discourse. It is pertinent to conclude, therefore, that the student’s authorship was silenced. |
Keywords: | Autoria Texto Leitura Silêncio Escola Authorship Text Reading Silence School |
???metadata.dc.subject.cnpq???: | LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA |
Language: | por |
???metadata.dc.publisher.country???: | Brasil |
Publisher: | Universidade Estadual de Feira de Santana |
???metadata.dc.publisher.initials???: | UEFS |
???metadata.dc.publisher.department???: | DEPARTAMENTO DE LETRAS E ARTES |
???metadata.dc.publisher.program???: | Mestrado Acadêmico em Estudos Linguísticos |
Citation: | SILVA, Palloma Rios da. O dizer e o poder dizer: a assunção da autoria na escola. 2016. 150 f. Dissertação (Mestrado Acadêmico em Estudos Linguísticos)- Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, 2016. |
???metadata.dc.rights???: | Acesso Aberto |
URI: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/364 |
Issue Date: | 1-Mar-2016 |
Appears in Collections: | Coleção UEFS |
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