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???metadata.dc.type???: Dissertação
Title: Mortalidade por homicídios no Brasil: diferenciais segundo a raça/cor da pele entre 2005 a 2014
???metadata.dc.creator???: Fernandes, Alessandra Rabelo Gonçalves 
???metadata.dc.contributor.advisor1???: Araújo, Edna Maria de
???metadata.dc.description.resumo???: A mortalidade por homicídio é um relevante problema de saúde pública, esse tipo de morte violenta é um fenômeno complexo do mundo moderno. De igual modo, reflete também a condição social, política e econômica de uma sociedade, produto da desorganização social decorrente do aumento populacional intenso e da deficiência da oferta de bens e serviços. Objetivo: Analisar espaço-temporalmente as mortes por homicídios e seus fatores determinantes considerando diferenciais por raça/cor da pele, no Brasil, no período de 2005 a 2014. Material e Métodos: O primeiro artigo é um estudo de série temporal no qual se calculou as taxas de homicídios segundo sexo, faixa etária e raça/cor da pele nos estados brasileiros no período de 2005 a 2014. O segundo se constitui em um estudo ecológico analítico que teve como unidade de análise os 27 estados brasileiros, e para análise utilizou-se o método de Dados em Painel com Regressão Binomial Negativa e modelo de efeitos fixos. Resultados: No primeiro artigo os dados apontaram que os negros representaram 72,2% dos homicídios, especialmente jovens, ambos os sexos, baixa escolaridade, faixa de 20 a 29 anos. As taxas de homicídios tiveram tendência crescente para os homens negros e decrescente para os homens brancos. As mulheres apresentaram tendências crescentes independente da raça/cor da pele. A maior variação das taxas médias anuais ocorreu em jovens de 15 a 19 anos. Estes resultados foram estatisticamente significantes em nível de 5%. No segundo artigo evidenciou-se uma sobremortalidade masculina negra na maior parte dos estados brasileiros. As áreas com maior proporção da população masculina negra de 15 a 49 anos, apresentaram maiores riscos de morte por homicídio, e ainda quando ajustada para as outras co-varíaveis presentes no modelo não perdeu a força da associação e significância estatística. O IDH e taxa de desemprego apresentaram relação direta com os homicídios, enquanto que índice de Gini, taxa de analfabetismo, taxa de urbanização apresentaram relação inversa. Os resultados indicaram um risco de morte por homicídio masculino em estados brasileiros de 47,24%, cuja proporção da população negra é maior que 75,0% (RR ajustado =1,47; p=0,01; IC95%= 1,18-1,83). Conclusões: Os dados produzidos evidenciaram que a população masculina negra na faixa etária de 15 a 49 anos apresentam maior risco de morrer por homicídios do que a branca. A maior proporção da população masculina negra por estado per se não é suficiente para explicar as mortes por homicídio, uma vez que, o homicídio é um fenômeno social complexo, multifacetado, e que ainda necessita ser melhor esclarecido, mas esse é um fator que deve ser considerado nas políticas públicas existentes ou naquelas a serem implementadas.
Abstract: Homicide mortality is a relevant public health problem, this type of violent death is a complex phenomenon of the modern world. Likewise, it also reflects the social, political and economic condition of a society, product of social disorganization due to the intense population increase and the deficiency of the supply of goods and services. Objective: To analyze spatially-temporal homicide deaths and their determinants by considering differences by race / color of skin in Brazil, from 2005 to 2014. Material and Methods: The first article is a time-series study in which it was calculated the homicide rates by sex, age and race / skin color in the Brazilian states from 2005 to 2014. The second is an ecological analytical study that had the analysis of the 27 states in Brazil, the Panel Data with Negative Binomial Regression method and fixed effects model were used. Results: In the first article, blacks accounted for 72.2% of the homicides, especially young people, both sexes, low schooling, between 20 and 29 years of age. Homicide rates have trended upward for black males and declining for white males. Women showed increasing trends regardless of race / color of the skin. The greatest variation of the annual average rates occurred in young people aged 15 to 19 years. These results were statistically significant at the 5% level. In the second article, black male overmortality was found in most Brazilian states. The areas with the highest proportion of the black male population aged 15-49 had a higher risk of death due to homicide, and even when adjusted for the other covariables present in the model did not lose strength of association and statistical significance. The HDI and unemployment rate were directly related to the homicides, while the Gini index, illiteracy rate and urbanization rate were inversely related. The results indicated a risk of death by male homicide in Brazilian states of 47.24%, whose proportion of the black population is greater than 75.0% (adjusted RR = 1.47, p = 0.01, 95% CI = 1, 18-1, 83). Conclusions: The data produced showed that the black male population aged 15 to 49 years are at higher risk of dying from homicide than white. The greater proportion of the black male population per state per se is not enough to explain homicide deaths, since homicide is a complex, multifaceted social phenomenon that still needs to be better clarified, but this is a factor that must be considered in existing public policies or in those to be implemented.
Keywords: Mortalidade
Homicídio
Raça/cor da pele
Indicadores sociais
Mortality
Homicide
Race / color of the skin
Social indicators
???metadata.dc.subject.cnpq???: CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA
Language: por
???metadata.dc.publisher.country???: Brasil
Publisher: Universidade Estadual de Feira de Santana
???metadata.dc.publisher.initials???: UEFS
???metadata.dc.publisher.department???: DEPARTAMENTO DE SAÚDE
???metadata.dc.publisher.program???: Mestrado Acadêmico em Saúde Coletiva
Citation: FERNANDES, Alessandra Rabelo Gonçalves. Mortalidade por homicídios no Brasil: diferenciais segundo a raça/cor da pele entre 2005 a 2014. 2017. 97 f. Dissertação (Mestrado Acadêmico em Saúde Coletiva)- Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, 2017.
???metadata.dc.rights???: Acesso Aberto
URI: http://tede2.uefs.br:8080/handle/tede/652
Issue Date: 31-May-2017
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