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http://tede2.uefs.br:8080/handle/tede/925
???metadata.dc.type???: | Tese |
Title: | Estudos biossistemáticos em espécies do gênero Hypnea J.V. Lamouroux (Gigartinales, Rhodophyta) |
???metadata.dc.creator???: | Jesus, Priscila Barreto de |
???metadata.dc.contributor.advisor1???: | Schnadelbach, Alessandra Selbach |
???metadata.dc.description.resumo???: | O gênero Hypnea caracteriza-se por apresentar talo ereto ou prostrado, muito ramificado de forma irregular, dicotômica ou lateral, e com numerosos râmulos curtos laterais. Atualmente, o gênero apresenta 66 espécies amplamente distribuídas nos mares tropicais e subtropicais, com ocorrência nos Oceanos Atlântico, Índico e Pacífico. No entanto, diversos problemas taxonômicos ainda são recorrentes no gênero, como por exemplo, um elevado número de complexos taxonômicos, espécies pobremente definidas, espécies crípticas e prováveis sinônimos, além de frequentes falhas na identificação espécífica. Diante disto, este estudo teve como objetivo geral a realização de estudos biossistemáticos e filogenéticos em espécies do gênero Hypnea, baseados em caracteres morfológicos, ecológicos e moleculares (COI-5P, rbcL e psaA). Neste estudo, H. stellulifera foi referida pela primeira vez para o Oceano Atlântico. Os resultados indicam que os limites de divergência intra e interespecífica utilizados na delimitação de Hypnea devem ser reconsiderados, principalmente em táxons de distribuição cosmopolita. Diversos métodos de delimitação específica (mBGD, ABGD, SPN, PTP, GMYCs, e GMYCm) também foram realizados com a finalidade de delimitar as espécies do complexo H. cervicornis. Estas análises resultaram na descrição de uma nova espécie amplamente distribuída no litoral brasileiro: H. brasiliensis, e na sinonimização de H. aspera (H. boergesenii) e H. flexicaulis a H. cervicornis. Recentemente, exemplares identificados como H. musciformis, H. nigrescens e H. valentiae foram considerados variações morfológicas do complexo H. pseudomusciformis. Com o intuito de descrever o padrão fenológico de “H. nigrescens” e verificar se uma abordagem ecológica poderia auxiliar na delimitação deste complexo, o estágio reprodutivo, o comprimento do talo e o percentual de biomassa de cada estágio foram estimados durante o período de um ano em uma população do litoral do estado da Bahia. “H. nigrescens” apresentou alta frequência de gametófitos femininos masculinos, o que representa uma grande diferença ecológica quando comparada com os relatos literários para “H. musciformis”, indicando que esta abordagem pode se constituir um importante marcador taxonômico. As histórias evolutivas de H. pseudomusciformis e H. musciformis foram investigadas com base em abordagem filogeográfica. Os estudos filogeográficos corroboraram a diferenciação entre as populações de H. musciformis e H. pseudomusciformis, indicando que a primeira espécie encontra-se em equilíbrio, enquanto que a segunda divergiu mais recentemente e encontra-se em expansão. Neste estudo nós confirmamos a ampliação da distribuição geográfica de H. pseudomusciformis da América do Sul para a costa da África, enquanto que H. musciformis parece ser restrita ao Hemisfério Norte, indicando padrão vicariante de especiação. A análise combinada das sequências de três marcadores moleculares, bem como o grande número de sequências analisadas (255 de 28 espécies), resultou na mais robusta e bem resolvida filogenia do gênero até o momento. As seções infragenéricas de Hypnea não foram validadas no presente estudo, uma vez que todas apresentaram padrão parafilético e/ou polifilético. Problemas taxonômicos ainda permanecem em alguns clados com espécies crípticas ou nas quais o isolamento reprodutivo parece não ser completo. Os resultados aqui apresentados demonstraram a complexidade e a importância dos estudos biossistemáticos para a delimitação dos limites específicos e compreensão das relações evolutivas em Hypnea. |
Abstract: | The genus Hypnea presents erect or prostrate thallus, abundantly and irregularly branched (dichotomously or laterally branched), with several short branchlets. Currently, the genus has 66 species widely distributed in tropical and subtropical waters, occurring in the Atlantic, Indian and Pacific Oceans. However, taxonomic problems are recurrent in the genus, with a large number of taxonomic complexes, poorly defined and cryptic species, probable synonyms and frequent failure to identify some species. In view of these difficulties, this study aimed to conduct biosystematic and phylogenetic studies in the genus Hypnea, based on morphological, ecological and molecular characters (COI-5P, rbcL and psaA). In this study, H. stellulifera was referred to the Atlantic Ocean for the first time. Our results indicate that the limits of intra- and interspecific molecular divergence levels in Hypnea species should be reconsidered, especially in cosmopolitan taxa. Several DNA-based delimitation methods (mBGD, ABGD, SPN, PTP, GMYCs and GMYCm) were carried out in order to delimit the H. cervicornis complex. These analyzes indicate the existence of a new specie to science, widely distributed on the Brazilian coast, described here as H. brasiliensis. We propose that H. aspera and H. flexicaulis represent synonyms of H. cervicornis. Recently, Brazilian specimens identified as H. musciformis, H. nigrescens and H. valentiae were considered morphological variations of H. pseudomusciformis. We investigated the phenology of a tropical population of “Hypnea nigrescens” in order to describe its biology and verify if this ecological approach would be helpful to elucidate its taxonomic status. Biomass, thallus length and reproductive stage were estimated over the period of a year. "H. nigrescens" showed remarkable ecological differences from "H. musciformis”. High frequency of female and male gametophytes indicated that this approach can be an important taxonomic marker. The evolutionary history of H. musciformis and H. pseudomusciformis were investigated based in a phylogeographic approach. Results confirmed the differentiation between H. musciformis and H. pseudomusciformis populations, indicating that the first specie is in equilibrium, while the second diverged more recently and is expanding. We confirmed the extension of the distribution range of H. pseudomusciformis from South America to Africa, while H. musciformis seems to be restricted to the Northern Hemisphere. These findings suggest vicariance as the main speciation pattern. Combined analysis of three molecular markers, as well as the large number of sequences analyzed (255 from 28 species), resulted on the more robust and well-resolved phylogeny of the genus to date. Our analyses proved that the three sections currently recognized of the genus Hypnea are invalid, since they all appeared as paraphyletic or polyphyletic. Taxonomic problems remain in those clades with cryptic species and in those in which the reproductive isolation seems to be incomplete. Our data demonstrated the complexity and importance of biosystematic studies for the delimitation of species limits and a better understanding of evolutionary relationships in Hypnea. |
Keywords: | Hypnea Biossistemática Filogenia Delimitação molecular Rhodophyta Biosystematics Hypnea Molecular Delimitation Phylogeny Rhodophyta |
???metadata.dc.subject.cnpq???: | CIENCIAS BIOLOGICAS::BOTANICA CIENCIAS BIOLOGICAS |
Language: | por |
???metadata.dc.publisher.country???: | Brasil |
Publisher: | Universidade Estadual de Feira de Santana |
???metadata.dc.publisher.initials???: | UEFS |
???metadata.dc.publisher.department???: | DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS |
???metadata.dc.publisher.program???: | Doutorado Acadêmico em Botânica |
Citation: | JESUS, Priscila Barreto de. Estudos biossistemáticos em espécies do gênero Hypnea J.V. Lamouroux (Gigartinales, Rhodophyta). 2016. 221 f. Tese (Doutorado Acadêmico em Botânica)- Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, 2016. |
???metadata.dc.rights???: | Acesso Aberto |
URI: | http://tede2.uefs.br:8080/handle/tede/925 |
Issue Date: | 25-Aug-2016 |
Appears in Collections: | Coleção UEFS |
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JESUS, PB. 2016_Estudos Biossistemáticos em Espécies de Hypnea_Black.pdf | Arquivo em texto completo. | 11.51 MB | Adobe PDF | Download/Open Preview |
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