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http://tede2.uefs.br:8080/handle/tede/994
Full metadata record
DC Field | Value | Language |
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dc.creator | Bastos, Gabriela Santana | - |
dc.creator.Lattes | http://lattes.cnpq.br/5675224385245617 | por |
dc.contributor.advisor1 | Nascimento, Maria Angela Alves do | - |
dc.date.accessioned | 2020-03-25T22:59:44Z | - |
dc.date.issued | 2012-03-28 | - |
dc.identifier.citation | BASTOS, Gabriela Santana. Processo de trabalho do agente indígena de saúde: interrelação étnica e cultural na atenção básica de saúde no contexto. 2012. 204 f. Dissertação (Mestrado Acadêmico em Saúde Coletiva)- Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, 2012. | por |
dc.identifier.uri | http://tede2.uefs.br:8080/handle/tede/994 | - |
dc.description.resumo | Com os objetivos de analisar o processo de trabalho dos Agentes Indígenas de Saúde na Atenção Básica dentro da Equipe Multidisciplinar de Saúde Indígena (EMSI); discutir os saberes e as práticas em saúde a partir da inter-relação étnica/cultural dos AIS com os demais membros da EMSI e usuários e identificar as facilidades, as dificuldades, os conflitos, as contradições e as expectativas no desenvolvimento do processo de trabalho dos AIS na EMSI, ou seja, entre os trabalhadores de saúde não indígenas e indígenas, nos seus processos de trabalho e com os usuários. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa com aproximação de uma pesquisa social cujo campo de investigação foi o município de Banzaê - BA, onde residem índios Kiriri. Os sujeitos deste estudo foram constituídos por três seguimentos sociais, classificados em grupo I: os AIS que atuam na Unidade de Saúde da Família Indígena (USFI) e/ou Unidades Básicas de Saúde (UBS) e demais membros da EMSI; grupo II, os informantes-chave - benzedeiras, pajés, professores e outros e grupo III, os usuários da Unidade de Saúde da Família Indígena. As técnicas de coleta de dados utilizada foi a observação participante acompanhados por diário de campo e ilustrados de registro fotográfico e a entrevista semiestruturada. O método de análise utilizado foi a análise de conteúdo. Diante dos dados, duas categorias analíticas emergiram, sendo a categoria 1- O processo de trabalho do AIS no contexto Kiriri: fragmentado, pontual, contraditório e conflitante e a categoria 2 – O trabalho em saúde entre fronteiras culturais: interrelação étnica e cultural na saúde no contexto Kiriri. Nos resultados apresentados os AIS compreendem a comunidade como seu objeto de trabalho numa perspectiva coletiva, porém há concepções que se pautam em um objeto individual (o índio); e até o profissional como o objeto da sua atenção; Quanto às finalidades do processo de trabalho, há uma convergência dos entrevistados sobre as necessidades individuais e não um trabalho voltado para o coletivo; a prevenção e a promoção da saúde foram apontados como elementos constituintes do processo de trabalho do AIS, apesar de que durante as observações notou-se que tais sujeitos têm se afastado deste referencial, inclusive as práticas educativas em grupo não fazem parte da sua práxis, restringindo as ações à orientações individuais nos domicílios; as principais atividades que os AIS referem executar são as visitas domiciliares e as orientações individuais; contrariamente à nossa observação mostrou as atividades dos agentes restritas a passagem de recados da equipe para a comunidade e a solicitação via telefone de carro para as emergências. O estudo revelou ainda o ‘excesso’ de cobranças a que são submetidos os AIS por desconhecerem o seu ‘papel’, devido a falta de qualificação profissional, fazendo com que eles deixem de realizar atribuições básicas de uma agente local de saúde e passem a realizar ações que fogem as atribuições profissionais do AIS, descaracterizando o seu processo de trabalho. Evidenciadas ainda as dificuldades que os AIS enfrentam para o desenvolvimento das suas atividades: falta de materiais e recursos, cobranças da comunidade, culpabilização dos AIS por tais problemas, falta de reconhecimento profissional e de garantias trabalhistas, o que concretamente deixa transparecer que desconsidera as prerrogativas da Política Nacional de Saúde Indígena e das legislações que abordam as garantias reservadas aos grupos indígenas. Os instrumentos de trabalho apontados pelos entrevistados remetem às práticas embasadas em procedimentos numa lógica mecanicista, apesar de alguns depoimentos darem ênfase às tecnologias leves no processo de trabalho desses agentes. Quanto à concepção de saúde houve uma variedade de conceitos que partem desde a concepção higienista, a ausência de doença até a concepção ampliada de saúde. A segunda categoria revelou a existência de conflitos culturais no interior das relações da EMSI. A dicotomização entre a questão do universalismo como direito constitucional assegurado a todos e do relativismo Cultural como prerrogativa para o olhar às questões indígenas. A falta de formação profissional foi apontada como elemento amplificador de tais conflitos na medida em que os AIS não conseguem compreender a necessidade de articulação de saberes populares e clínicos; alguns depoimentos apontaram as ações dos AIS plenamente voltada à sua cultura, outros entrevistados demonstraram a supervalorização do saber biomédico, e articulação de sabes clínicos e tradicionais foi também referenciada em alguns sujeitos. Ainda ficou evidente a dificuldade de acesso aos serviços municipais de saúde pelos índios, fortalecido pelos conflitos históricos e pela concepção errônea sobre “atenção diferenciada” que exime o município da responsabilização pela saúde dos indígenas contrariando o princípio primordial do Sistema Único de Saúde – a universalidade. | por |
dc.description.abstract | Aiming to analyze the working process of the Indigenous Health Agents in Primary Care within the Indian Health Multidisciplinary Team (EMSI), discuss knowledge and health practices from the interrelationship ethnic / cultural development of AIS with others EMSI members and users to identify the facilities, difficulties, conflicts, contradictions and expectations in the development of the labor process in the AIS EMSI, ie between health workers and non-indigenous natives in their work processes and users. This is a qualitative study with an approaching social research whose field of research was the municipality of Banzaê - BA, where Indians reside Kiriri. The subjects of this study consisted of three social sectors, classified into group I: the AIS working in the Family Health Unit Indigenous (USFI) and / or Basic Health Units (BHU) and other members of EMSI, group II, the key informants - healers, shamans, teachers and others, and group III, users of Unity Family Health Indigenous. The techniques used for data collection was participant observation followed by field diary and illustrated photographic record and semistructured interviews. The analysis method used was content analysis. From the data, two analytical categories emerged, with Category 1 - The work process in the context of AIS Kiriri: fragmented, ad hoc, contradictory and conflicting and Category 2 - The health work across cultural boundaries: inter-ethnic and cultural diversity in health Kiriri context. Results presented in the AIS include the community as its object of study in a collective perspective, but there are concepts which are based on a single object (the Indian), and to the professional as the object of his attention; For the purposes of the work process , there is a convergence of the respondents on individual needs and not work toward the collective, prevention and health promotion were identified as constituent elements of the work process of the AIS, although during the observations it was noted that such subjects have away from this reference, including the educational practices in a group are not part of their practice, restricting the actions the individual guidelines in households; major activities that relate AIS perform are home visits and individual guidance, contrary to our observation showed the activities of agents restricted the passage of errands team to the community and the request via car phone for emergencies. The study also revealed the 'excess' of collections that are subjected AIS for not knowing your 'paper', due to lack of professional qualification, causing them to fail to perform the basic tasks of a local agent health and start to perform actions that are beyond the professional duties of the AIS, descaracterizando your work process. Highlighted the difficulties that still face the AIS for the development of their activities: lack of materials and resources, community charges, blaming of AIS for such problems, lack of professional recognition and labor rights, which specifically reveals that overlooks the prerogatives the National Health Policy and the Indigenous laws that address the guarantees reserved for indigenous groups. Instruments of work mentioned by respondents refer to practices based on solid procedures in a mechanistic logic, although some testimonials give emphasis to light technologies in the work process of these agents. As for the design of health there was a variety of concepts that depart from conception hygienist, the absence of disease to the expanded concept of health. The second category revealed the existence of cultural conflicts in the relations of EMSI. The dichotomy between the issue of universalism as a constitutional right guaranteed to all and Cultural relativism as a prerogative to look at indigenous issues. The lack of training was identified as an amplifier of such conflicts to the extent that the AIS can not understand the need for articulation of popular knowledge and clinical; pointed out some testimonials of AIS shares fully focused on their culture, other respondents demonstrated the overvaluation of biomedical knowledge, and articulation of clinical and traditional know was also referenced in some subjects. Yet it was evident the difficulty of access to municipal health services by Indians, strengthened by historical conflicts and the misconception about "special attention" to relieve the municipality of responsibility for the health of indigenous contradicting the overriding principle of the Health System - the universality . | eng |
dc.description.provenance | Submitted by Ricardo Cedraz Duque Moliterno (ricardo.moliterno@uefs.br) on 2020-03-25T22:59:44Z No. of bitstreams: 1 dissertação Gabriela.pdf: 4080651 bytes, checksum: 131f6fddabb524eb1db19b5f7575b8c3 (MD5) | eng |
dc.description.provenance | Made available in DSpace on 2020-03-25T22:59:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1 dissertação Gabriela.pdf: 4080651 bytes, checksum: 131f6fddabb524eb1db19b5f7575b8c3 (MD5) Previous issue date: 2012-03-28 | eng |
dc.description.sponsorship | Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia - FAPEB | por |
dc.format | application/pdf | * |
dc.language | por | por |
dc.publisher | Universidade Estadual de Feira de Santana | por |
dc.publisher.department | DEPARTAMENTO DE SAÚDE | por |
dc.publisher.country | Brasil | por |
dc.publisher.initials | UEFS | por |
dc.publisher.program | Mestrado Acadêmico em Saúde Coletiva | por |
dc.rights | Acesso Aberto | por |
dc.subject | Atenção Básica | por |
dc.subject | Saúde Indígena | por |
dc.subject | Estratégia Saúde da Família | por |
dc.subject | Primary Health Care | eng |
dc.subject | Health of Indigenous Peoples | eng |
dc.subject | Family Health Strategy | eng |
dc.subject.cnpq | CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA | por |
dc.title | Processo de trabalho do agente indígena de saúde: interrelação étnica e cultural na atenção básica de saúde no contexto | por |
dc.type | Dissertação | por |
Appears in Collections: | Coleção UEFS |
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