@PHDTHESIS{ 2016:1279042337, title = {Estudos biossistemáticos em espécies do gênero Hypnea J.V. Lamouroux (Gigartinales, Rhodophyta)}, year = {2016}, url = "http://tede2.uefs.br:8080/handle/tede/925", abstract = "O gênero Hypnea caracteriza-se por apresentar talo ereto ou prostrado, muito ramificado de forma irregular, dicotômica ou lateral, e com numerosos râmulos curtos laterais. Atualmente, o gênero apresenta 66 espécies amplamente distribuídas nos mares tropicais e subtropicais, com ocorrência nos Oceanos Atlântico, Índico e Pacífico. No entanto, diversos problemas taxonômicos ainda são recorrentes no gênero, como por exemplo, um elevado número de complexos taxonômicos, espécies pobremente definidas, espécies crípticas e prováveis sinônimos, além de frequentes falhas na identificação espécífica. Diante disto, este estudo teve como objetivo geral a realização de estudos biossistemáticos e filogenéticos em espécies do gênero Hypnea, baseados em caracteres morfológicos, ecológicos e moleculares (COI-5P, rbcL e psaA). Neste estudo, H. stellulifera foi referida pela primeira vez para o Oceano Atlântico. Os resultados indicam que os limites de divergência intra e interespecífica utilizados na delimitação de Hypnea devem ser reconsiderados, principalmente em táxons de distribuição cosmopolita. Diversos métodos de delimitação específica (mBGD, ABGD, SPN, PTP, GMYCs, e GMYCm) também foram realizados com a finalidade de delimitar as espécies do complexo H. cervicornis. Estas análises resultaram na descrição de uma nova espécie amplamente distribuída no litoral brasileiro: H. brasiliensis, e na sinonimização de H. aspera (H. boergesenii) e H. flexicaulis a H. cervicornis. Recentemente, exemplares identificados como H. musciformis, H. nigrescens e H. valentiae foram considerados variações morfológicas do complexo H. pseudomusciformis. Com o intuito de descrever o padrão fenológico de “H. nigrescens” e verificar se uma abordagem ecológica poderia auxiliar na delimitação deste complexo, o estágio reprodutivo, o comprimento do talo e o percentual de biomassa de cada estágio foram estimados durante o período de um ano em uma população do litoral do estado da Bahia. “H. nigrescens” apresentou alta frequência de gametófitos femininos masculinos, o que representa uma grande diferença ecológica quando comparada com os relatos literários para “H. musciformis”, indicando que esta abordagem pode se constituir um importante marcador taxonômico. As histórias evolutivas de H. pseudomusciformis e H. musciformis foram investigadas com base em abordagem filogeográfica. Os estudos filogeográficos corroboraram a diferenciação entre as populações de H. musciformis e H. pseudomusciformis, indicando que a primeira espécie encontra-se em equilíbrio, enquanto que a segunda divergiu mais recentemente e encontra-se em expansão. Neste estudo nós confirmamos a ampliação da distribuição geográfica de H. pseudomusciformis da América do Sul para a costa da África, enquanto que H. musciformis parece ser restrita ao Hemisfério Norte, indicando padrão vicariante de especiação. A análise combinada das sequências de três marcadores moleculares, bem como o grande número de sequências analisadas (255 de 28 espécies), resultou na mais robusta e bem resolvida filogenia do gênero até o momento. As seções infragenéricas de Hypnea não foram validadas no presente estudo, uma vez que todas apresentaram padrão parafilético e/ou polifilético. Problemas taxonômicos ainda permanecem em alguns clados com espécies crípticas ou nas quais o isolamento reprodutivo parece não ser completo. Os resultados aqui apresentados demonstraram a complexidade e a importância dos estudos biossistemáticos para a delimitação dos limites específicos e compreensão das relações evolutivas em Hypnea.", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Doutorado Acadêmico em Botânica}, note = {DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS} }