@MASTERSTHESIS{ 2014:1206793909, title = {Para além de um biscate: perfis, trajetórias e inserção socioprofissional de jovens monitores do Programa Mais Educação de uma escola municipal de Feira de Santana-BA}, year = {2014}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/83", abstract = "O presente estudo buscou compreender e problematizar a condição juvenil de jovens monitores em uma escola municipal da periferia de Feira de Santana- BA, inseridos no programa federal denominado Programa Mais Educação (PME), normatizado pela Portaria Interministerial nº 17/2007 e pelo Decreto 7.083, de 27/01/2010 do Ministério da Educação. Sua implantação é compreendida como uma estratégia para a indução da política nacional de educação integral e tem por finalidade contribuir para a melhoria da aprendizagem por meio da ampliação do tempo de permanência de crianças, adolescentes e jovens matriculados em escolas públicas. O processo de operacionalização do PME na escola se faz pela seleção de macrocampos do saber e suas atividades pedagógicas são desenvolvidas por monitores “voluntários”, remunerados, que podem ser educadores populares, agentes culturais e estudantes com formação específica e com habilidades reconhecidas pela comunidade. O objetivo geral da investigação foi conhecer o perfil socioeconômico, as trajetórias de escolarização e ocupação de jovens, suas batalhas cotidianas pela autonomia financeira e pessoal e os seus projetos juvenis (de escolarização, de profissão e de vida) para compreender em que medida a participação destes em um contexto específico do programa tem se constituído como uma inserção socioprofissional. Tomou-se como referências as especificidades das diversas juventudes existentes e para uma discussão mais aprofundada a respeito da noção de juventude e suas interfaces com os processos de escolarização, trabalho e inserção socioprofissional, buscou-se orientação de estudiosos e pesquisadores destes campos teóricos, tais como: Abramo (1994, 1997); Abramovay (2004); Carrano (2005); Castro (2006); Corrochano (2005, 2008); Dayrell (2005, 2007, 2012); Frigotto (2004); Leão (2001, 2004, 2006); Novaes (2003, 2006); Pais (1990, 1996, 2001, 2005); Pochmann (1998, 2002, 2004); Sposito (1997, 2000, 2003, 2005). Realizou-se uma pesquisa qualitativa junto a nove jovens de 19 a 28 anos, de ambos os sexos, e, como procedimentos metodológicos foram utilizados questionário de perfil socioeconômico, entrevistas semi-estruturadas e notas elaboradas pelos sujeitos da pesquisa sobre projetos juvenis. A análise dos dados indicou que num contexto de fragilidades estruturais do PME, com tendência compensatória e assistencialista, atuam monitores/educadores, jovens negros e pardos, egressos da escola pública, em sua maioria cursou/cursa o ensino superior inclusive em instituições privadas, oriundos de famílias de classes populares, e que, portanto, precisam trabalhar e ter um rendimento individual para poder levar adiante os seus estudos, se manter e usufruir bens de consumo e lazer e, nesse sentido, a inserção no PME representa uma forma de obtenção de renda para poderem vivenciar com certa dignidade, a condição juvenil. Com base nisto, considera-se uma “pseudoinserção” socioprofissional de tais jovens e a necessidade premente de efetivas políticas públicas juvenis, melhores oportunidades educativas e profissionais. As evidências permitem concluir, ainda, que o projeto contemporâneo de escola de tempo integral, representado pelo PME, para a classe trabalhadora brasileira, precisa ser (re) pensado e melhor estruturado em seus tempos, espaços e na valorização e profissionalização docente.", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Mestrado Acadêmico em Educação}, note = {DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO} }