@MASTERSTHESIS{ 2008:283950313, title = {Modelagem dinâmica da paisagem: o estudo de um pólo de fruticultura tropical na região semi - árida}, year = {2008}, url = "http://tede2.uefs.br:8080/handle/tede/1295", abstract = "A perda de habitat em florestas tropicais por ações antrópicas inspira pesquisas para avaliar os impactos nas paisagens que se encontram altamente modificadas. A Caatinga é uma floresta de valor historicamente ignorado e que, atualmente, possui inúmeros focos de degradação. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da intensificação do uso do solo para fins agrícolas sobre a perda de Caatinga no Perímetro de Irrigação Maniçoba (PIM).E ainda, traçar uma comparação entre a paisagem do Perímetro de Irrigação e a sua paisagem externa. O PIM está situado na região do Médio São Francisco, pertencendo ao município de Juazeiro, Bahia, Brasil, destacando-se pela produção de fruteiras irrigadas. Pesquisas anteriores sinalizam para a limitação no serviço de polinizadores na área, indicando uma associação deste problema com a qualidade do habitat natural. Uma paisagem externa ao PIM foi usada como área controle em função do seu estado de conservação. O estudo foi conduzido dentro da concepção de um modelo Land Use/Land Cover Change (LUCC), de modo relacioná-lo com os processos de mudanças ambientais globais. Mapas de uso e cobertura do solo foram produzidos por técnicas de processamento digital para uma série multitemporal de imagens de satélite dos anos de 1976, 1981, 1987, 1999 e 2006. A quantificação das mudanças ocorridas na paisagem foi feita através de métricas inerentes à Ecologia de Paisagem e comparadas às condições externas do Perímetro Maniçoba. Além disso, produziu-se, através da modelagem dinâmica da paisagem, a caracterização das tendências das mudanças ocorridas, observando a influência de variáveis estáticas: Rio principal, rios secundários, estradas e áreas urbanas. O modelo conduziu as estimativas das mudanças ocorridas e simulações futuras sobre a evolução da paisagem. Os resultados revelaram perda de 47% da Vegetação Nativa para a expansão de áreas de cultivo agrícola, em 30 anos analisados. A quantidade de fragmentos de Caatinga em 1976 era baixo (inferior à 50). No entanto, este valor a partir de 1981 foi quadruplicado, chegando em 2006 a ter quantidade de fragmentos superior a 200. Enquanto que a perda de vegetação natural na paisagem externa foi de apenas 659ha, ao longo do tempo analisado e o nível de fragmentação baixo, com quantidades inferiores à 50 para todo período. Os resultados das métricas de paisagem revelaram que a Paisagem Externa não apresenta similaridade estrutural em relação ao Perímetro Maniçoba, sendo o testemunho do sistema de uso intensivo do solo. A modelagem dinâmica apresentou cenários que apresentam a expansão desordenada da agricultura moldando a paisagem, onde a proximidade do Rio São Francisco criou um padrão de desmatamento por ser o elemento principal nos eventos de seca. Com a introdução do sistema de irrigação o padrão de desmatamento foi conduzido pelas estradas favorecendo o espalhamento populacional em toda a área, que desmatou a vegetação adjacente. A modelagem de paisagens futuras indica cenários otimistas para até 2016, indicando a regeneração de vegetação nativa. Embora a simulação de cenários seja importante por oferecer anualmente a visualização espacial das mudanças, estas só se tornarão reais, caso as forças dirigentes dessas mudanças se mantenham no mesmo ritmo. Assim, o avanço de Caatinga observado na modelagem futura significa uma chance de mudança, mas não a única. Com as perdas de Caatinga estimadas, acredita-se que houve um rebatimento na qualidade da mesma, reduzindo a biodiversidade local e os serviços ecossistêmicos, em especial, a polinização.", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Mestrado em Modelagem em Ciência da Terra e do Ambiente}, note = {DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS} }