@MASTERSTHESIS{ 2021:1291648290, title = {Uma viagem sociolinguística pelas veredas do sistema de pronomes possessivos no português falado em Luanda-Angola}, year = {2021}, url = "http://tede2.uefs.br:8080/handle/tede/1384", abstract = "Este trabalho descreveu e analisou o uso variável de expressões indicativas de posse referentes a todas as pessoas gramaticais na língua falada de Luanda, tendo como base de análise a investigação de formas sintéticas e analíticas, conforme respectivos exemplos: “a língua materna que seus pais têm pra poder também comunicar-se com seus pais, é [...]” (INF.: I. L., W2MCL) e “Mas não vive dentro da minha casa, vive nos lares deles. (Inf.: P.J., HMCL). Foi investigada uma amostra representativa do Português Angolano (PA), extraído do acervo do projeto Em busca das raízes do português brasileiro – Fase III: Estudos Morfossintáticos, sediado no NELP – Núcleo de Estudos em Língua Portuguesa da Universidade Estadual de Feira de Santana. A pesquisa considerou 34 entrevistas com participantes que foram distribuídos por nível de escolaridade, sexo, local de origem e língua nativa, na tentativa de identificar convergências ou divergências de mudanças linguísticas da variedade do Português como língua oficial em comparação ao Português Brasileiro – PB, utilizando como arcabouço teórico: Araújo (2005, 2010), Silva (1996), Petter (2007), Neves (2000), entre outros. Considerou-se ainda a pesquisa sob um viés sócio-histórico (ALENCASTRO, 2000; ANDRADE, 1997; DIAS, 1991; ZAU, 2011, entre outros), partindo do princípio de que as características atuais da fala luandense resultam de mudanças induzidas pelo contato do português com as línguas africanas. O material analisado foi composto por 1.380 dados, divididos nas três pessoas do pronome possessivo, buscando verificar se o comportamento linguístico dos falantes que compõem o corpus apresenta uma base conservadora ou se encontra em processo de mudança no que se refere ao fenômeno gramatical estudado. Os resultados demonstraram que o processo de variação/mudança encontra-se incipiente no PA, sendo o uso preferencial pelas formas canônicas, isto é, pronomes possessivos na forma sintética, ao contrário do que ocorre no PB – variedade em que a forma conservadora está passando por uma reestruturação. A única variação identificada no PA refere-se à terceira pessoa (seu ~ dele), o que foi interpretado por uma motivação estrutural, isto é, motivada eplo próprio sistema, encontrando-se, assim, o PA praticamente em consonância com a norma gramatical. O estudo do tema em questão não foi esgotado, o que propicia e aponta para a necessidade de futuras investigações que darão continuidade à análise quanto às estratégias de estudo sobre o tema em questão e o embasamento para outras pesquisas à luz da variedade portuguesa de Angola e/ou variedades da língua portuguesa em outros países africanos.", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Mestrado Acadêmico em Estudos Linguísticos}, note = {DEPARTAMENTO DE LETRAS E ARTES} }