@MASTERSTHESIS{ 2022:1738401334, title = {Cruzamentos decoloniais com o nanorracismo na constitui??o dos corposterrit?rios das mulheres negras advogadas de Feira de Santana, Bahia}, year = {2022}, url = "http://tede2.uefs.br:8080/handle/tede/1426", abstract = "Percorrer os caminhos do racismo ? uma constru??o dolorosa, mas necess?ria para minar suas estruturas ainda fortalecidas pelas ideologias das caravelas (MIRANDA, 2022). Mais ainda doa e dilacere, talvez, enxergar tal ferramenta de viol?ncia e alcan?ar sua atua??o invis?vel a qual Achille Mbembe (2018) chama de nanorracismo. Com o objetivo de compreender o que de fato ? o nanorracismo e como sua funcionalidade atravessa os corpos-territ?rios, parti do meu pr?prio corpo enquanto advogada negra que reside e atua principalmente na Comarca de Feira de Santana, Bahia. Controem comigo esta disserta??o, enquanto copesquisadoras, as advogadas Dra. Lorena Aguiar, Dra. Mariana Rodrigues e Dra. Natanny Santos, todas negras e com atua??o principal tamb?m na cidade de Feira de Santana, Bahia. As funda??es que sustentam os corpos-territ?rios das mulheres que escreveram esta pesquisa s?o compostas por narrativas peculiares ?s que tem na cor da pele e no seu g?nero as imposi??es das colonialidades. Para compreender de que forma as viol?ncias do nanorracismo se constituem sobre estes corpos e seus reflexos nas exist?ncias destas mulheres recorre-se, inicialmente, ? recusa em utilizar referenciais te?ricos constru?dos pelo que defino como a ?perspectiva do colonizador?, ou seja, socio-pol?tico e historicamente georreferenciadas pelas chancelas europ?ias ou pactuadas com estas. Aqui, cito a decolonialidade como ancoragem te?rica desta pesquisa cient?fica, como um desnudar cr?tico e epistemol?gico trazido por autoras como Catherine Walsh (2019), Mar?a Lugones ( Desta forma, os estudos de Achile Mbembe (2017) L?lia Gonzalez (1988), Abdias do Nascimento (2016) e Frantz Fanon (2008) formam o alicerce te?rico para uma ampla e precisa vis?o dos contextos hist?ricos, sociais e pol?ticos que constitu?ram as pol?ticas da inimizade sobre os corpos negros. Acrescenta-se a este referencial a imprescind?vel compreens?o da categoria corpo-territ?rio trazida pelos baianos Muniz Sodr? (1983) e Eduardo Oliveira Miranda (2018), cujas (in) conclus?es re?nem-se aos escritos de Ochy Curiel (2020), Gl?ria Andalz?a (2005), Maria Aparecida Bento (2002) e Nilma Lino Gomes (2017), que contribuem sobremaneira para as compreens?es das identidades e atravessamentos dos marcadores ra?a, g?nero e sexualidade nos corpos das mulheres negras. Buscando a amplia??o das comunica??es, interpreta??es e conhecimentos oriundos dos corpos-territ?rios que constroem esta pesquisa foi utilizado como ancoragem metodol?gica a Sociopo?tica de Jacques Gauthier (1999), que compreende o corpo como um dispositivo para produ??o de conhecimento, valorizando e utilizando todas as poss?veis dimens?es dos sentidos, sendo este o objetivo geral deste trabalho: revelar de que forma o norracismo atravessa o corpo-territ?rio das mulheres negras advogadas, que por sia vez se coadunam com os objetivos espec?ficos, quais sejam, descrever a trajet?ria formativa das mulheres negras advogadas nos cursos de direito de Feira de Santana; identificar, atrav?s da criticidade da decolonialidade, como se imp?e o nanorracismo ? mulheres negras e advogadas no ambiente acad?mico e profissional e mostrar as nanoinsurg?ncias destas mulheres durante as suas trajet?rias formativas e atua??o profissional, posto que ? inerente ? nossa exist?ncia a recusa em manter em nossas mentes e liberdades os grilh?es das subalternidades.", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Mestrado Acad?mico em Educa??o}, note = {DEPARTAMENTO DE EDUCA??O} }