@MASTERSTHESIS{ 2020:1874864171, title = {A gramática dos pronomes clíticos no Brasil colônia: o português clássico na história do português brasileiro}, year = {2020}, url = "http://tede2.uefs.br:8080/handle/tede/1468", abstract = "Nesta dissertação, apresento uma discussão sobre as origens do português brasileiro, mais precisamente sobre qual gramática portuguesa foi uma das bases de sua formação (CASTRO, 1996; GALVES, 2007, RIBEIRO, 2015[1998]). Discuto as propostas existentes sobre essa questão (COHEN, 1997; CUNHA, 1976[1968]; ELIA, 1979; MEGALE, 1998; MELO, 1971[1946]; MORAES DE CASTILHO, 2001, 2013; NARO; SCHERRE, 2007; RIBEIRO, 2015[1998], SILVA NETO, 1976[1951] inter alia) e argumento em favor do português clássico. Para comprovar essa hipótese, realizo um estudo linguístico sobre o fenômeno da interpolação e da colocação dos clíticos em textos brasileiros coloniais representativos da primeira metade dos séculos XVII e XVIII, que compõem um subcorpus colonial do Corpus Eletrônico de Documentos Históricos do Sertão (CE-DOHS). A interpolação consiste no fenômeno de não adjacência estrita do clítico e do verbo, devido à presença de constituintes entre os dois termos. Já a colocação dos clíticos consiste na ordem do clítico em relação ao verbo, ou em posição anterior (próclise), ou em posição posterior ao verbo (ênclise), sendo essa posição condicionada, ao longo da história do português, pelo tipo de constituinte que precede o verbo. O estudo linguístico foi realizado com base nos pressupostos da sintaxe gerativa (CHOMSKY, 1986) e nos contextos propostos por Namiuti (2008), para o fenômeno da interpolação, e por Galves, Brito e Paixão de Sousa (2005), para o fenômeno da colocação clítica. Os resultados encontrados confirmam a hipótese sobre o português clássico como uma das bases linguísticas de formação do português brasileiro e, além disso, apontam algumas particularidades sobre o uso dessa gramática no Brasil, como uma maior frequência do uso da próclise nos contextos variacionais. Adicionalmente, os dados encontrados abriram caminho para discussões sobre o fenômeno da interpolação de elementos diferentes do não na gramática do português clássico – utilizada em Portugal e no Brasil – e para revisitar o percurso das gramáticas portuguesas no Brasil, traçando uma possível reconstituição do percurso de formação da vertente socialmente prestigiada do português brasileiro.", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Mestrado Acadêmico em Estudos Linguísticos}, note = {DEPARTAMENTO DE LETRAS E ARTES} }