@MASTERSTHESIS{ 2022:441093659, title = {“Os pássaros têm asas porque elas lhe foram passadas por outros pássaros” - sentidos e cosmopercepções sobre o ser quilombola em Feira de Santana}, year = {2022}, url = "http://tede2.uefs.br:8080/handle/tede/1527", abstract = "Esta investigação objetivou discutir os sentidos e cosmopercepções sobre a experiência do ser quilombola, a partir do diálogo com quatro moradores de comunidades localizadas no município de Feira de Santana, Bahia. Para isso, buscou-se compreender a maneira como esses sujeitos constroem e pensam a sua pertença a quilombos. Discutiu-se, assim, os conceitos de colonialidade e seus efeitos sobre as populações afrodiaspóricas a partir das leituras de Anibal Quijano (1997;2005), Walter Mignolo (2010;2017), Torres Maldonato (2007) e Boaventura de Souza Santos (2010). Também Luis Antônio Simas (2018;2020) e Luiz Rufino (2016;2017;2018;2020) colaboram nessa escrita, com a compreensão de que a cultura negra rural é algo plástico, movediço, que se faz nas brechas da colonialidade. Além disso, parte-se do entendimento de que as comunidades quilombolas são construtos das encruzilhadas (MARTINS, 1997;2002), isto é, dinâmicas culturais e identitárias localizadas no cruzamento de saberes e aportes ancestrais, etc. O conceito de quilombo foi abordado aqui a partir de suas múltiplas ressignificações, as quais foram amplamente discutidas por autores dos mais diversos campos de estudo, como Clóvis Moura (1986; 2001), Neusa Maria Mendes Gusmão (2001), José Maurício Arruti (2002), Richard Price (2000), Kabengele Munanga (1996;2006), entre outros. Além deles, outras pesquisadoras como Elane Bastos de Souza (2011), Railma dos Santos Souza (2016), Francisca das Virgens Fonseca (2021), Maria Cristina de Jesus Sampaio (2013) e Lívia de Carvalho Mendonça (2014) auxiliaram também na reflexão sobre as tradições, culturas, origens e trajetórias de moradores de quilombos. A pesquisa, inserida no campo da Educação, optou por uma análise qualitativa, tendo como instrumentos metodológicos: a conversa, o uso de imagens, de documentos e de matérias jornalísticas. Como resultado, o trabalho revelou que as memórias constantemente rasuradas, compartilhadas e lembradas produzem também a existência daqueles que colaboram com a investigação. Além disso, também eles parecem constituir-se enquanto quilombolas, entre outros elementos, também a parte-se da reação, das táticas e das respostas às dinâmicas de exclusão. A presente investigação não objetivava esgotar a temática, abrindo, em vez disso, novas possibilidades para pensar as experiências e os cotidianos quilombolas, marcados por especificidades, mas também por elementos comuns, que envolvem desde questões geracionais até as dificuldades e as necessidade constante da luta pela manutenção e conquista de direitos.", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Mestrado Acadêmico em Educação}, note = {DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO} }