@MASTERSTHESIS{ 2024:411847189, title = {Documentos dos terços de homens pretos e pardos (1650-1793): edição semidiplomática e estudo do complemento verbal lhe}, year = {2024}, url = "http://tede2.uefs.br:8080/handle/tede/1699", abstract = "Propomos, nesta dissertação, a edição fac-similada e semidiplomática, o estudo sócio-histórico e a descrição dos contextos de variação do clítico lhe em vinte e oito documentos notariais manuscritos entre 1650 e 1793 – o que corresponde à terceira fase da periodização linguística de Lucchesi (2017), em sua primeira vaga de aportuguesamento – por homens pretos e pardos que integravam os Terços de Homens Pretos e Pardos, uma organização militar singular daquela sociedade. Assim, ao desenvolvê-la, atendemos às três agendas de pesquisa do Programa para a História do Português Brasileiro (Castilho, 2019): os campos histórico-filológico, da história social linguística e o gramatical. Sobre a primeira agenda, após a localização, organização e edição fac-similar, o corpus foi editado semidiplomaticamente e, em seguida, foi feita uma exaustiva e criteriosa análise paleográfica, com o propósito de mantermos o controle da autenticidade da documentação, com base em Berwanger; Franklin Leal, 2008; Acioli, 1994; Lose et al, 2009; Lose, 2022; entre outros. Na segunda agenda, da sócio-história, situamos os scriptores dentro de uma circunstância social, de modo a entendermos o porquê da produção dos documentos: a manutenção de sua mobilidade social; além disso, construímos fichas biográficas, a partir de Carneiro (2005), dos os escreventes sobre os quais encontramos informações, haja vista a escassez de documentos históricos relacionados ao grupo. Nesta agenda, utilizamos o paradigma indiciário (Ginzburg, 1989; Espada Lima, 2012) de modo a tentar reconstituir as relações sociais de sujeitos comuns, como eram os milicianos negros. No terceiro campo, o gramatical, baseados em Lucchesi e Baxter (2015), Lopes et al (2018), entre outros; descrevemos as ocorrências do clítico lhe, com o objetivo de verificarmos a possibilidade de variação deste nas posições dativa, como na gramática do Português Europeu, e acusativa, representativa da gramática do Português Brasileiro. Visto que a documentação não propiciou variação, elaboramos possibilidades interpretativas, destacando o constante contato com a língua-alvo, a estrutura formulaica da documentação notarial e as relações sociais dos escreventes como fatores que podem ter impedido a variação do clítico, uma vez que os Terços não poderiam ser considerado falantes das variantes sociais desprestigiadas. Todavia, o corpus é de grande importância para os estudos que se ocupam da reaproximação ao Português do/no Brasil, dada a sua raridade, tanto pela questão temporal, no período colonial, quanto pelo fato de terem sido produzidos por indivíduos marginalizados à época, homens negros, e por contar com um rígido controle metodológico em sua edição semidiplomática", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos}, note = {DEPARTAMENTO DE LETRAS E ARTES} }