@MASTERSTHESIS{ 2025:467631032, title = {Construções com o verbo ter em documentos escritos por redatores inábeis no século xx}, year = {2025}, url = "http://tede2.uefs.br:8080/handle/tede/1792", abstract = "Nesta dissertação, propõe-se, com base na abordagem construcional da gramática de orientação cognitivo-funcional, uma descrição e análise dos esquemas que integram o verbo ter em documentos escritos por escreventes inábeis no século XX, a fim de caracterizar os usos das construções com o referido verbo em textos escritos por mão inábil, acreditando que tal discussão pode revelar aspectos parciais sobre o constructicon de usuários com o perfil selecionado. Para tal propósito, analisam-se 103 realizações de construções com o verbo ter que se materializaram em documentos escritos por redatores inábeis. O corpus para análise e descrição foi recolhido de um acervo constituído por 131 cartas, cujos redatores são sertanejos dos municípios de Riachão do Jacuípe, Conceição do coité e Ichu, no semiárido baiano, os quais são adultos estacionados em fase inicial de aquisição de escrita (Marquilhas, 2000). O desenvolvimento da presente pesquisa se orienta por meio da agenda de trabalho do Corpus Eletrônico de Documentos Históricos do Sertão (CE DOHS/UEFS), como também do projeto CONHPOR - Construcionário Histórico da Língua Portuguesa: esquemas morfológicos e sintáticos do português em abordagens construcionais, relacionais e cognitivistas. O arcabouço teórico- metodológico se pauta em autores que tratam tanto dos fundamentos da Gramática de Construções em perspectiva cognitivo-funcional quanto de aspectos importantes para uma abordagem sócio-histórica da língua portuguesa, assim, destacam-se: Goldberg (1995, 2006), Pinheiro (2016), Santiago (2019), Barbosa (2017), Chiavegatto (2009), VIotti (1998), Pinheiro (2009), Peixoto (2012), Vieira (2017) e Costa (2018). Desenvolvida a pesquisa, foi possível verificar a ocorrência de cinco construções: (i) posse metafórica ( “Farsa um tudo purmin detas que nois ten tempo par Acerta”), (ii) ação concluída (“Compadi pitanga eu fiqei comtenti du senhor ter min a virzado”), (iii) posse (“e vor lhi dizer que as galinha que eu tem ai e a q foi de bernadete”), (iv) Construção existencial ( “ var mi descupano os ero que tem e recebra lembran”) e (v) construção de obrigatoriedade (“Bom Pitanga si você não vendêu u jumento não tem que vender que eu vou mandar burcar nu meis di setembro”). Os resultados desta pesquisa revelam que, nos usos do item ter em documentos escritos por redatores inábeis no século XX, há a predominância de usos mais abstratos, em que ele aparece, principalmente, como verbo pleno, auxiliar e suporte, o que demonstra a alta abstratização desse elemento, mas também tipos variados de construções.", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos}, note = {DEPARTAMENTO DE LETRAS E ARTES} }