@MASTERSTHESIS{ 2014:1003150956, title = {Fatores associados à ocorrência da violência de gênero}, year = {2014}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/139", abstract = "Objetivo: Analisar os fatores relacionados à ocorrência da violência de gênero em uma população do nordeste da Bahia no ano de 2007 e identificar os comportamentos de risco de mulheres que presenciaram violência na família durante sua infância e foram vítimas de violência na vida adulta. Métodos: Trata-se de um estudo de corte transversal realizado com 4170 indivíduos, de ambos os sexos, com idade acima de 15 anos e residentes no município de Feira de Santana-BA. Foi utilizada uma amostra probabilística de conglomerados derivados de setores censitários. Os dados foram coletados em visitas domiciliares com uso de ficha domiciliar e questionário individual. Foram realizadas análises bivariadas e Teste do Qui Quadrado de Pearson, considerando IC95% e p ≤ 0,05 para associação estatisticamente significante. Para verificar os fatores associados à violência, empregou-se a análise de regressão logística hierarquizada. Resultados: A prevalência de violência física e/ou emocional foi de 18,63%. Em relação à história de violência na infância a prevalência foi igual a 12,14%. As mulheres apresentaram prevalência superior (19,7%) aos homens (16,5%) com prevalência 1,31 vezes maior de vitimização. Foi possível observar que mulheres que nunca foram à escola (15,08%), não brancas (12,61%) e que tinham renda de até 1 salário mínimo (14,17%) apresentaram maior ocorrência de violência física na infância. As mulheres etilistas tiveram prevalência 1,43 vezes maior de ter sofrido violência na infância e, em relação ao hábito de fumar, esta prevalência aumentou para 1,56. A análise ajustada por regressão logística hierarquizada mostrou uma associação positiva entre a mulher sofrer violência física e/ou emocional com tipo de domicílio (RP = 1,28; IC95%: 1,10; 1,54), tipo de edificação (RP = 1,66; IC95%: 1,14; 2,41), tabagismo (RP = 1,36; IC95%: 1,10; 1,70) e violência na infância (RP = 2,13; IC95%: 1,79; 2,53). Conclusões: A violência de gênero é um problema complexo com raízes sociais e que merece ser abordada como um problema de saúde pública. Assim, urge medidas políticas para o combate da pobreza, conflitos interpessoais, sobretudo os oriundos do interior do sistema familiar, ao consumo de substâncias, principalmente o álcool, bem como o preparo no atendimento das vítimas de violência e a implantação de um serviço de proteção às mulheres vitimizadas, pois muitas se calam por medo de sofrer represálias por parte de seus agressores.", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Mestrado Acadêmico em Saúde Coletiva}, note = {DEPARTAMENTO DE SAÚDE} }