@MASTERSTHESIS{ 2014:1701874727, title = {Composição e dinâmica de bandos mistos de aves da Mata Atlântica do Baixo Sul da Bahia, Brasil}, year = {2014}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/144", abstract = "Bandos mistos de aves são agrupamentos de duas ou mais espécies cuja formação e coesão se devema interações comportamentais entre seus integrantes. Este estudo investigou a composição específica dos bandos mistos em uma área de Mata Atlântica da Bahia, considerando a dinâmica sazonal dos bandos, a distribuição vertical de suas espécies e a determinação das espécies-núcleo, que são as responsáveis por atrair e manter coesas as demais espécies nos bandos. Foram realizadas, de agosto de 2012 a agosto de 2013, expedições mensais de cinco dias para a região do Ecopolo I da Área de Proteção Ambiental do Pratigi (Ibirapitanga, Bahia), quando eram registrados os dados de cada bando misto contatado: composição específica, número de indivíduos de cada espécie e, sempre que possível, a altura de forrageamento, a ocorrência de agonismos e intensidades estimadas de movimentação e vocalização de cada espécie; além disto, eram registrados os contatos com as espécies participantes de bandos mistos quando vistas fora destes, sendo observadas suas alturas de forrageio e evidências de comportamentos reprodutivos. Foram feitos 113 contatos com bandos mistos, dos quais 51 espécies de aves, que representam cerca de 30% das espécies registradas na área de estudo, participaram. Nos bandos, as famílias mais representadas foram Thraupidae e Thamnophilidae – dentre esta última, duas espécies ameaçadas de extinção. Os bandos mistos ocorreram durante o ano todo, sendo mais frequentes no mês de agosto e menos frequentes nos meses de setembro a abril. Devido à ocorrência de chuvas ao longo do ano todo na área de estudo, não houve correlação entre frequência, riqueza e tamanho dos bandos com a pluviosidade mensal; houve correlação negativa entre a frequência dos bandos e a temperatura, não havendo correlação da temperatura com riqueza e tamanho dos bandos. A riqueza média nos bandos foi 5,1± 2,6espécies e o tamanho médio de,5 ± 5,2, indivíduos, sendo estas duas variáveis correlacionadas positivamente(r = 0,81; p = < 0,0001). Houve diferença na riqueza entre os estratos da vegetação, sendo que no sub-bosque os bandos eram mais ricos que os de dossel. No entanto, quanto ao tamanho, em número de indivíduos, os bandos de sub-bosque e dossel não apresentaram diferença significativa, pois os bandos de dossel eram compostos por um grande número de espécies de traupídeos que ocorriam em grupos intraespecíficos grandes. Dentro ou fora dos bandos mistos, todas as espécies forrageavam na mesma faixa de altura da vegetação. Das cinco espécies mais frequentes nos bandos, três foram consideradas como espécies-núcleo (Herpsilochmus rufimarginatus, Lanio cristatus e Myrmotherula urosticta), apresentando um maior grau de associações entre todas as espécies e capazes de arregimentar mais espécies para os bandos onde ocorriam; os bandos onde estas espécies-núcleo ocorriam eram mais ricos, indicando que, quando juntas, estas espécies aumentavam a capacidade de arregimentar outras espécies.", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Mestrado em Zoologia}, note = {DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS} }