@MASTERSTHESIS{ 2025:795507305, title = {“Quem aprende a escrever, conhece o peso da caneta”: análises críticas e proposições insurgentes para a construção de um currículo baseado nas relações étnico-raciais no Instituto Federal do Paraná”}, year = {2025}, url = "http://tede2.uefs.br:8080/handle/tede/1948", abstract = "O ensino de língua inglesa no Brasil ainda tem se estruturado a partir de práticas eurocentradas e embranquecidas que reafirmam a ideia de neutralidade da língua e de um falante ideal branco, europeu ou norte-americano. Diante dessa problemática, a presente dissertação tem como objetivo analisar como os documentos oficiais dos campi de Paranavaí e Paranaguá do Instituto Federal do Paraná (IFPR) evidenciam (ou não) uma educação voltada para as relações étnico-raciais no ensino de língua inglesa com vistas à proposição de encaminhamentos curriculares insurgentes. A pesquisa ancora-se na escrita de si através da escrevivência, aporte teórico que parte das minhas vivências enquanto mulher negra, docente e pesquisadora, que ocupa os espaços analisados. Além disso, evoca vozes de intelectuais negras como Djamila Ribeiro (2019), Nilma Lino Gomes (2005), Sueli Carneiro (2005), Chimamanda Adichie (2019), bell hooks (2013), Bárbara Carine (2023), Aparecida Ferreira (2024), entre outras. O caminho metodológico se baseia na análise de conteúdo conforme explicita Bardin (1977), e é organizada em três fases: pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados. Os documentos analisados compreendem os Projetos Políticos Pedagógicos (PPP), os Projetos Pedagógicos de Curso (PPC) e os planos de ensino das disciplinas de língua inglesa dos referidos campi. Tal análise me permitiu delinear categorias organizadas em três eixos: 1. a presença ou ausência das políticas afirmativas, 2. o cumprimento das Leis 10.639/03 e 11.645/08, e 3. o desalinhamento dos planos de ensino em relação às Diretrizes Curriculares Nacionais. Os resultados apontam lacunas significativas na efetivação de uma proposta curricular antirracista, revelando uma prática pedagógica ainda distante dos preceitos legais e da valorização da diversidade étnico-racial. A partir dessa constatação, foram estabelecidas propostas para a construção de um currículo insurgente que se baseiam no trabalho desenvolvido por Santos (2021) e reconhecem os saberes e os corpos dos estudantes negros como centrais para o processo educativo. Ao articular escrevivências, análise crítica e referenciais teóricos comprometidos com a justiça social, esta dissertação propõe caminhos para a desconstrução do ensino de inglês enquanto prática eurocentrada, reafirmando o potencial da educação como instrumento de transformação social.", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO} }