@MASTERSTHESIS{ 2013:1355897549, title = {“Velhos problemas, novas questões”: uma análise dos discursos raciais na política nacional do livro didático}, year = {2013}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/173", abstract = "A presente pesquisa objetivou analisar como a política nacional do livro didático legitima e reproduz representações do/a negro/a no livro didático. Para responder a tal objetivo e sabendo que a política nacional do livro didático possui dois eixos estruturantes: os documentos oficiais e o processo de escolha na escola adotei pressupostos da pesquisa documental, tomando como corpus de análise os seguintes documentos oficiais: Editais do PNLD do Ensino Fundamental I de 2003, 2007 e 2010, na legislação de 2003 a 2011, e nos Guias do Livro Didático para o Ensino Fundamental I 2010; e, também, da pesquisa qualitativa, utilizando o questionário e o grupo focal como técnicas de coleta e produção de dados dos discursos das oito professoras da Escola Batista Teosópolis sobre o processo de escolha do livro didático na escola e as relações etnicorraciais. Como subsídio metodológico de tratamento de dados, adotei a Análise do Discurso de Linha Francesa. Nesse sentido, engendrei uma análise, a partir dos conceitos de campo, capital e habitus, sobre a política nacional do livro didático identificando seus agentes e a disposição dos discursos raciais. Para análise dos discursos raciais foi realizada uma contextualização com dados históricos, demográficos e sociais, bem como suas repercussões no contexto educacional, constituindo-se como condições de produção discursivas nas abordagens de raça, discriminação, preconceito e racismo. Na análise dados, os documentos oficiais revelaram fragilidades referentes, principalmente, à representação positiva da população negra, pois pautaram-se, sobretudo, na ideia da repetição exaustiva do enunciado base de não veiculação de preconceitos e discriminações nos livros didáticos. Os questionários e o grupo focal revelaram conflitos entre um habitus antigo e o início da emolduração de um novo habitus, pois, por um lado, observei a consonância entre os discursos das professoras e as condições objetivas, na qual a maioria desconsiderou completamente, no momento da escolha do livro didático, qualquer critério relativo às relações etnicorraciais. Mas, por outro lado, foram perceptíveis alguns enunciados que rechaçaram essa política considerando a necessidade do trabalho a partir da Lei 10.639/03 e a importância desse critério na escolha e análise do livro didático. Assim, numa análise da política nacional do livro didático em seus dois eixos, posso concluir que a referida política legitima e reproduz representações negativas de desvalorização do/a negro/a, por meio de uma política de silenciamento/invisibilidade a partir da não adoção de medidas/ações afirmativas para uma representação positiva do povo negro no livro didático.", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Mestrado Acadêmico em Educação}, note = {DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO} }