@MASTERSTHESIS{ 2013:1949781814, title = {Modelagem etnoecológica da percepção de vulnerabilidades, riscos e impactos socioambientais em comunidades quilombolas da Baía de Todos os Santos}, year = {2013}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/359", abstract = "Esta pesquisa foi desenvolvida nas comunidades Quilombolas de São Braz, em Santo Amaro, e na comunidade Salamina Putumuju, em Maragogipe, ambas localizadas no estado da Bahia,com o objetivo de elaborar modelos etnoecológicos que descrevam e reflitam como as populações quilombolas dessas comunidades percebem, avaliam e respondem aos impactos socioambientais, riscos e as vulnerabilidades existentes na Baía de Todos os Santos. Para isso foram realizadas 67 entrevistas semi-estruturas; observações de campo; grupo focal; e etnocartografia. Verificou-se que as comunidades participantes reconhecem um quadro grave de vulnerabilidades que se constituem através de diversos aspectos, sendo os mais importantes: falta de titulação de seus territórios; ocupação do solo no entorno e projeções de novos empreendimentos impactantes; acesso precário a direitos básicos; dependência dos recursos naturais (que estão sob ameaças crônicas e agudas) para desenvolvimento de suas atividades produtivas; fragilização da organização local; pequena sinergia de forças estabelecida entre as comunidades e as instituições governamentais com pouca influência nos processos que definem as políticas aplicadas a região e a localidade. Quanto aos riscos e impactos, as principais fontes de ameaças identificadas pelos grupos são de origem tecnológica, que envolvem indústrias, fábricas, unidades petrolíferas, turismo imobiliário, Barragem e Usina hidrelétrica da Pedra do Cavalo, e o Estaleiro da Enseada do Paraguaçu. Além de ameaças originadas da ausência ou ineficiência de atuação do poder público, como: a presença de lixões próximos a corpos hídricos; despejo direto de esgotos no ecossistema de manguezal; e falta de fiscalização para impedir desmatamentos e o uso de explosivo na pesca. Segundo os entrevistados os impactos atingem com maior intensidade os recursos pesqueiros, entre os quais se destacam: a diminuição de peixes, moluscos e crustáceos; poluição e contaminação de rios, mar e manguezal; mortandade de peixes; e desaparecimento de espécies de peixes e mariscos. A capacidade de resposta e adaptação das comunidades aos impactos e riscos enfrentados é pequena, a estratégia de defesa é baseada na construção de parcerias; encaminhamento de denúncias ao Ministério Público e na construção de alternativas produtivas para geração de renda a partir da agricultura e do extrativismo. Constatou-se que as populações agropesqueiras dessas comunidades conhecem com grande propriedade os ecossistemas aos quais estão inseridos, bem como suas mudanças. Além de identificarem elementos sobre os impactos e riscos, que outros tipos de estudos não contemplam. Dessa maneira este estudo contribui para a afirmação que a participação dos agentes locais é fator imprescindível no planejamento e na gestão dos territórios tradicionais e dos riscos neles existentes.", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Mestrado em Modelagem em Ciência da Terra e do Ambiente}, note = {DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS} }