@MASTERSTHESIS{ 2015:124440971, title = {Uma leitura discursiva sobre os modos de funcionamento do silêncio no livro didático de Língua Portuguesa}, year = {2015}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/380", abstract = "O presente trabalho busca refletir sobre o funcionamento do silêncio no processo de leitura proposto pelo Livro Didático, a partir da análise de atividades e módulos em um Livro Didático de Língua Portuguesa. Embasado nos postulados da Análise de Discurso Pecheutiana, procuramos discutir o modo como o silêncio constitui os sentidos a partir, ora da interdição e ora do fomento à polissemia do discurso no livro didático. O corpus, deste trabalho, constitui-se de 2 livros didáticos de Língua Portuguesa, ensino fundamental II, da coleção Diálogo da editora FTD. Para tanto, foi realizada a análise das atividades de interpretação de textos com o objetivo de verificar o funcionamento do silêncio a partir da interdição da voz do sujeito-leitor imaginário e, a partir do controle do sentido. Foram analisados também dois módulos constitutivos do livro a fim de observar o silenciamento nos mesmos. Nossa hipótese inicial é de que o silêncio guia a constituição dos sentidos nesses manuais, uma vez que interdita o acesso do sujeito aos diversos sentidos, conduzindo à interpretação e reduzindo-a a uma mera cópia, fazendo com que o sujeito-leitor imaginário não tenha espaço para gestos de interpretação. Assim, esses manuais concebem o sentido como algo pronto e acabado; e o silêncio funciona como sinalizador de posturas ideológicas por parte do LD. Os resultados apontam que as atividades relacionadas à leitura, nos livros, ficam no nível da paráfrase sem instigar, na maioria das questões analisadas, uma passagem para a polissemia, impedindo o aluno de perceber a pluralidade de sentidos que pode ser atrelada ao texto. Com essa postura, o livro se inscreve numa formação discursiva de sentidos únicos, sujeitos moldados e, consequentemente, numa ideologia que concebe a língua como transparente. Também é possível notar que o silêncio constitutivo é fonte de filiações discursivas e ideológicas no que concerne à representação do negro, do branco e do índio, sendo estes, discursivizados numa ideologia dominante de que o índio é o “bom selvagem”; o negro é folclorizado; e o branco sempre ligado ao trabalho.", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Mestrado Acadêmico em Estudos Linguísticos}, note = {DEPARTAMENTO DE LETRAS E ARTES} }