@MASTERSTHESIS{ 2016:1906136560, title = {Os desafíos do Ensino de Geografía na relação campo-cidade: provocações a partir do debate da Educação do Campo}, year = {2016}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/431", abstract = "A presente pesquisa teve como objetivo central investigar o papel do ensino de Geografia, para a compreensão das relações campo-cidade, no trabalho com estudantes do Ensino Fundamental II, no município de Irará. Essa discussão foi pautada na análise da realidade da Escola Municipal Maria Bacelar – EMMB, localizada na Fazenda Trindade, Irará-BA. A pesquisa teve como pano de fundo de análise os debates da Educação do Campo, reflexão iniciada a partir dos anos 90 do século XX, protagonizada pelos movimentos sociais do campo que, articulados com outros sujeitos e instituições, deflagraram o Movimento Por uma Educação do Campo. O referido debate defende uma proposta de educação que supere o esvaziamento de conteúdo sociopolítico de forma a contribuir para que a classe trabalhadora, sobretudo a do campo, compreenda a realidade socioespacial em sua totalidade e lute pela transformação das condições que a impedem de viver dignamente. Para dar conta desta pesquisa, optei por uma abordagem qualitativa, utilizando como instrumentos as pesquisas bibliográficas e documentais, entrevistas com as professoras de Geografia, aplicação de questionários aos estudantes do Ensino Fundamental II, bem como aos seus pais. Neste estudo, a relação campo-cidade foi abordada como fio condutor que articulou todo o trabalho, entendida como categoria que estrutura o pensamento geográfico e, por extensão, o trabalho do professor de Geografia, uma vez que essa relação perpassa implícita ou explicitamente todos os temas da disciplina. Mediante este estudo, constatei que, dentre outros fatores, em decorrência da ausência de uma política pública de formação para os professores que atuam nas escolas do campo em Irará, e da inexistência de um currículo que contemple as especificidades dos sujeitos do campo, o trabalho das professoras de Geografia da EMMB tende a contribuir para uma visão dicotômica e hierárquica de campo e cidade, fortalecendo um projeto de escolarização que nega os valores camponeses, em benefício do modo de vida urbano. Desse modo, tal perspectiva de trabalho tende a colaborar, em certa medida, para reforçar a visão de inferioridade que os estudantes do campo têm construído sobre o espaço rural e, consequentemente, sobre si mesmos, enfraquecendo a luta dos camponeses pela terra, enquanto luta social em defesa da reprodução da vida com dignidade. Por outro lado, essas professoras têm consciência de que essa proposta não atende às especificidades dos estudantes do campo, se mostrando abertas à implantação de uma proposta pedagógica contra-hegemônica. É nesse campo contraditório que se insere o debate da Educação do Campo, como possibilidade de se pensar uma educação escolar que contribua para a emancipação desses sujeitos.", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Mestrado Acadêmico em Educação}, note = {DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO} }