@MASTERSTHESIS{ 2016:518976420, title = {Estresse ocupacional e transtornos mentais comuns entre professores universitários}, year = {2016}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/561", abstract = "Esta dissertação apresenta o resultado da investigação sobre Estresse Ocupacional e Transtornos Mentais Comuns TMC entre docentes de uma universidade pública do interior da Bahia. Nesta pesquisa foram desenvolvidos três estudos em forma de artigos. O primeiro artigo teve como finalidade problematizar o processo de mercantilização nas universidades brasileiras e os efeitos desse processo na saúde docente. O segundo de corte transversal, para estimar a prevalência de TMC e identificar fatores associados à sua ocorrência. A prevalência de TMC foi mensurada pelo Self Report Questionnaire-20 (SRQ-20), e avaliado a sua associação com características sociodemográficas e do trabalho docente. O terceiro artigo, com desenho tipo corte transversal, objetivou verificar a associação entre Estresse ocupacional e Transtornos Mentais Comuns. Os estressores ocupacionais foram medidos pelo Effort- Reward Imbalance Questionnaire (ERI). Para a ocorrência de TMC utilizou-se o SRQ-20. No primeiro artigo, após a discussão da problemática envolvendo condições de trabalho e seus impactos na saúde dos professores universitários, após as sucessivas políticas neoliberais, entende-se que os docentes passaram a conviver com um ambiente de trabalho alicerçado pela lógica empresarial. Assim, as consequências estão relacionadas com a intensificação do trabalho, levando a situações de sobrecarga, estresse e competição. Dessa forma, a saúde e o uso do tempo para o lazer e o descanso passam a ser predicados raros no cotidiano desse profissional. Os resultados das análises procedidas, no segundo artigo, apontam uma prevalência global de TMC de 28%, sendo de 30,2% entre os homens e 26,0% entre as mulheres. A prevalência de TMC esteve associada a não realização de atividades regulares de lazer, lecionar para o doutorado, ter menos de 8 horas de sono e disponibilidade de até uma hora para realização das refeições. No terceiro artigo prevalências mais elevadas de TMC foram observadas nas situações de baixa recompensa e alto esforço no trabalho. Nas situações de desequilíbrio entre esforço e recompensa no trabalho, a prevalência de TMC foi de 33,5%. A faixa etária foi identificada como variável de interação. Na análise do modelo final para os grupos, as covariáveis que permaneceram no modelo final de análise foram sexo, atividade de lazer e situação conjugal (potenciais confundidoras). Não houve diferença nas medidas de associação entre os docentes da faixa etária de 25 a 46 anos para o modelo com ajuste ou sem ajuste. A situação difere muito para a faixa etária de 47 a 69 anos. A associação estatisticamente significante permanece no modelo ajustado e com grande magnitude: professores em desequilíbrio apresentaram prevalência de TMC quase seis vezes maior a aquela observada entre docentes com situação de equilíbrio entre esforços e recompensas. A discussão sobre a forma como se estruturam as condições de trabalho docente podem oferecer elementos para um pensar crítico acerca das novas configurações assumidas no ambiente de trabalho e no cotidiano do profissional, além de estimular uma reflexão sobre o processo saúde-doença ocupacional.", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Mestrado Acadêmico em Saúde Coletiva}, note = {DEPARTAMENTO DE SAÚDE} }