@MASTERSTHESIS{ 2017:2034922439, title = {Cultura escolar e educação no contexto da Ditadura: Feira de Santana (1968-1974)}, year = {2017}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/582", abstract = "O presente trabalho tem por objetivo compreender alguns caminhos percorridos pela educação brasileira durante parte do período de maior rigidez do regime civil-militar e a maneira como os ideais de conservação da ordem estabelecida pela ditadura e seus interesses econômicos se refletiram no ensino e na cultura escolar na cidade baiana de Feira de Santana. A análise inicia-se a partir de 1968, ano em que entrou em vigor o Ato Institucional nº 5 (AI-5) – quando a ditadura civil-militar tornou-se mais dura, quando a vigilância, a censura e a repressão já não eram veladas, mas sim, nítidas e cruéis –, e finda em 1974, por ser o ano em que se encerra o período do chamado “milagre econômico”, com a crise do petróleo. Durante o período estudado, foram instituídas novas regulamentações para o ensino básico e superior, refletindo na educação o caráter conservador e autoritário do Estado, deixando claros os seus propósitos que almejavam a construção de um programa econômico de caráter liberal e uma sociedade passiva e acrítica. As legislações de ensino implementadas durante a ditadura abortaram mais uma vez movimentos de transformações na educação, que vinham sendo construídos por educadores, militantes e intelectuais da educação por um ensino crítico, reflexivo e transformador. O trabalho foi realizado a partir de um estudo de caso na escola feirense Ginásio Municipal Joselito Amorim. A escola foi criada em 1963, durante a gestão do prefeito Francisco Pinto, com o nome de Ginásio Municipal de Feira de Santana e sofreu a primeira intervenção do regime ditatorial logo no ano seguinte, em 1964 com a destituição do prefeito e a nomeação de Joselito Amorim para exercer o cargo, que inciou a construção de um novo prédio escolar e deu à escola o nome de Ginásio Municipal Joselito Amorim. A escola tornou-se, assim, um espaço de conflitos políticos, no qual se disputava, através do ensino, um ideal de sociedade pra os sujeitos a serem formados. Foram utilizadas fontes orais, entrevistas com ex-alunos da escola, e fotografias da cidade no período estudado. No primeiro momento o trabalho são discutidas rupturas e continuidades na educação a partir dos anos de 1960, atentando para as influências exercidas pelo Estado autoritário que se firmou no Brasil após 1964. A fim de consolidar seus ideais de desenvolvimento, pátria e nação, a educação foi posta sob o controle e vigilância dos órgãos de segurança e tiveram seus currículos reformulados em todos os níveis de ensino, tornando-se cada vez mais acrítica e tecnicista, para fornecer mão de obra mais eficaz para a indústria que se desenvolvia. Em seguida trata da cidade de Feira de Santana durante as décadas de 1960 e 1970, abordando aspectos da política local, em consonância com o contexto político nacional, e sua influência nos movimentos da educação na cidade. Por fim são abordadas as memórias dos sujeitos que vivenciaram a educação no Ginásio Municipal Joselito Amorim durante o período recortado nesta pesquisa. As memórias trazidas por eles são de extrema importância para a compreensão do cotidiano escolar e dos elementos políticos que permeavam a cultura escolar no final da década de 1960 e primeira metade da década de 1970 na cidade de Feira de Santana.", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Mestrado Acadêmico em Educação}, note = {DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO} }