@MASTERSTHESIS{ 2017:1279074948, title = {Processo de trabalho e suas repercussões na vida e saúde de trabalhadores de hospitais públicos sob gestão direta do estado da Bahia}, year = {2017}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/586", abstract = "No processo de trabalho em saúde há um encontro entre o agente e o objeto em um espaço bem definido, no qual o trabalhador de saúde, com suas ferramentas, busca a realização de um produto, que é o próprio cuidado à saúde. Tendo em vista que a saúde é imprescindível tanto para o usuário como também para os trabalhadores de saúde, este estudo teve como objetivo analisar o processo de trabalho em hospitais públicos sob gestão direta do estado da Bahia, bem como identificar as repercussões do trabalho na vida e saúde dos trabalhadores, além de conhecer as estratégias desenvolvidas para evitar o sofrimento e o adoecimento. Estudo de abordagem qualitativa. A população investigada incluiu 15 trabalhadores de saúde de dois hospitais públicos sob gestão direta da Bahia. Utilizou-se a entrevista semiestruturada e a observação sistemática para a coleta dos dados, que foram analisados através da análise de conteúdo. Os resultados revelaram um processo de trabalho composto por sujeitos, em sua maioria, mulheres, a idade variou de 31 a 58 anos, predominando trabalhadores com maior tempo de atuação hospitalar e concursado. Os depoimentos evidenciaram que a finalidade do trabalho em saúde no hospital é ambígua, perpassando pela garantia de estabilidade financeira do trabalhador e prestar uma assistência de qualidade ao usuário. O objeto foi identificado como indivíduo, coletivo, agravo, doença e até instrumento ou causa do agravo. Os meios e instrumentos mais utilizados foram as tecnologias leve-duras e duras. Alguns materiais possuíam em pouca quantidade ou não eram de boa qualidade, apresentando falhas técnicas. Os fatores que dificultavam o resultado positivo do trabalho estiveram relacionados à grande demanda de pacientes, aliada a uma estrutura física inadequada. Os entrevistados chamaram atenção para a necessidade de uma gestão mais participativa nos hospitais públicos, que envolva os profissionais de saúde nas decisões, para facilitar o processo de trabalho. A satisfação com o trabalho esteve condicionada pelo reconhecimento, pelos elogios por parte dos colegas e pela valorização profissional, enquanto a insatisfação esteve atrelada à exposição e insegurança presentes no local de trabalho e à desvalorização. Por outro lado, ser lembrado pelo cuidado oferecido e ser servidor público foram destacados como geradores de prazer. Os sofrimentos vivenciados no trabalho estavam associados, de modo geral, à dificuldade de encaminhar o usuário para outros setores do hospital e para outros serviços da rede de atenção à saúde. Quanto às formas de adoecimento, os trabalhadores mencionaram: hipertensão arterial, gripe, infecção urinária, dores na coluna, nas pernas, dentre outros. Para enfrentar estas questões, os trabalhadores lançaram mão da atividade física, religião, música e até mesmo da fuga do trabalho. Diante do exposto, é notória a necessidade de uma reestruturação dos serviços hospitalares, através da melhoria das relações socioprofissionais, de uma política de valorização dos trabalhadores e, principalmente, de intervenções com vistas a melhorar e facilitar o processo de trabalho.", publisher = {Universidade Estadual de Feira de Santana}, scholl = {Mestrado Acadêmico em Saúde Coletiva}, note = {DEPARTAMENTO DE SAÚDE} }